A letra fria da constituição brasileira deixa claro que os poderes são independentes, mas o que temos visto desde que a presidente petista Dilma Rousseff foi derrubada por um golpe parlamentar que o famoso e poderoso centrão tem um apetite gigantesco não apenas por protagonismo político, principalmente por uma fatia crescente do comprometido orçamento público federal.
A realidade é que desde que o ex-presidente liberal de extrema-direita Jair Bolsonaro terceirizou completamente a execução do orçamento público que os comandos de Lira que já foram comandados por Eduardo Cunha realizam um jogo sujo contra o governo que a cada ano que passa compromete cada vez mais orçamento com uma fatia generosas para os parlamentares.
Com a determinação do ministro do STF Flávio Dino para que a farra das emendas parlamentares seja investigada pela polícia federal ao fim do mandato do bolsonarista alagoano Arthur Lira, o governo Lula tem uma grande oportunidade de equilibrar novamente o jogo do poder retomando o controle sobre o orçamento público.
O presidente Lula em reunião com Arthur Lira e Hugo Motta próximo presidente da câmara dos deputados deixando claro que seu governo cumpriu todos os acordos com os deputados e que não tem a menor influência sob as determinações do poder judiciário, mas nos bastidores do poder o que circula é que Arthur Lira não acredita nas palavras de Lula.
O grande problema para o governo Lula é que se essa guerra entre Arthur Lira e Flávio Dino siga até o fim das férias do poder legislativo e acabe trancando a pauta do congresso e emperrando o governo federal.
Nos bastidores do poder, muitos parlamentares dizem que o ministro Flávio Dino está usando a cadeira do STF para fazer política.
O orçamento secreto fez de Arthur Lira o homem mais poderoso do Brasil liderando um esquema de corrupção que está espalhado por todo o país onde parlamentares que em outros tempos compravam eleitores hoje compram prefeitos e vereadores com milhões em emendas parlamentares gordas e os prefeitos em troca colocam as estruturas das prefeituras a serviços destes deputados.
Ao contrário dos seus colegas de STF, Flávio Dino não possui apenas conhecimento jurídico, mas também uma gigantesca experiência política como ex-governador, ex-deputado, ex-senador e ex-ministro que conhece muito bem o gigantesco impacto de suas polpudas emendas parlamentares na política do interior do Brasil.
A polícia federal está investigando esse esquema de corrupção e sacudirá o jogo do poder em 2025.